Quando escrevemos uma integral definida como:
admitimos que o limite de integração são números finitos e que o integrando f (x) é uma função contÃnua no intervalo limitado a≤ x ≤ b. Sua representação gráfica é a área sob a curva:
Para calcularmos uma área de regiões ilimitadas, temos que utilizar as integrais impróprias. Considere, por exemplo, a região R sob a curva da equação y = 1 / x2:
Observe que a região R se estende indefinidamente para a direita de x = 1. Seja Ru a região limitada sob a curva de f (x) = 1/x2, entre x =1 e x = u:
[Figura 3]
A área da região Rué dada por:
Quando u cresce, a região limitada Ru pode ser considerada como uma boa aproximação da região ilimitada R. Isso no induz a escrever:
O que nos leva a:
Geralmente, se fé uma função definida num intervalo da forma [a, +∞) e se f (x) ≥ 0 é válido quando x ≥ a, definimos a área da região limitada sob a curva de f e à direita de x = a como:
Frequentemente representamos esta área simplesmente por:
Definição 1:Integrais impróprias com limite superior infinito
Seja f uma função definida pelo menos no intervalo infinito [a, +∞). Suponha que f seja integrável no intervalo fechado [a, u] para todos os valores de u. Então definimos:
Se o limite existe e tem um valor finito, a integral imprópria diz-se convergente e esse valor é atribuÃdo a ele. Caso contrário, a integral é chamada divergente.
Se f (x) ≥ 0, então a expressão dada em (2) pode ser tomada como a área da região ilimitada representada na figura 3.
Exemplo 1:
Esta integral diverge porque o limite é infinito.
Exemplo 2:
Essa integral imprópria é convergente porque o limite existe e é finito.
Exemplo 3:
Essa integral imprópria é convergente porque o limite existe e é finito.
Exemplo 4:
Essa integral imprópria é convergente porque o limite existe e é finito.
Exemplo 5:
Essa integral imprópria diverge porque o limite é infinito.
O limite não existe e a integral diverge.
Podemos generalizar os exemplos 1 e 2 de modo que a integral
converge se p> 1 e diverge se p≤ 1. Assim, temos:
Vejam que, para p> 1 implica que o limite:
Exemplo 7:
Podemos reescrever esta integral como:
Assim, temos que p = 4/3. Fazemos:
Desta forma, a integral imprópria converge porque seu limite é finito.
ExercÃcios propostos: Verificar se as integrais impróprias são convergentes ou divergentes.
Referências:
[1] Cálculo V1 – Munem-Foulis – Ed. Guanabara Dois
[2] Cálculo com Geometria AnalÃtica V1 – Simmons – Ed. McGraw-Hill
[3] Cálculo 1 – Luiz Mauro Rocha – Ed. Atlas
Veja mais:
Teste da Integral para Convergência de Séries
Transformada de Laplace e Integrais Impróprias no blog Fatos Matemáticos
A Trombeta de Gabriel no blog Giga Matemática