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Integrais Impróprias com Limites Finitos

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Quando escrevemos uma integral definida como:

clip_image002

admitimos que o limite de integração são números finitos e que o integrando f (x) é uma função contínua no intervalo limitado a≤ x ≤ b. Sua representação gráfica é a área sob a curva:

image [Figura 1]

Para calcularmos uma área de regiões ilimitadas, temos que utilizar as integrais impróprias. Considere, por exemplo, a região R sob a curva da equação y = 1 / x2:

image [Figura 2]

Observe que a região R se estende indefinidamente para a direita de x = 1. Seja Ru a região limitada sob a curva de f (x) = 1/x2, entre x =1 e x = u:

image

[Figura 3]

A área da região Rué dada por:

clip_image010

Quando u cresce, a região limitada Ru pode ser considerada como uma boa aproximação da região ilimitada R. Isso no induz a escrever:

clip_image012

O que nos leva a:

clip_image014

Geralmente, se fé uma função definida num intervalo da forma [a, +∞) e se f (x) ≥ 0 é válido quando x ≥ a, definimos a área da região limitada sob a curva de f e à direita de x = a como:

clip_image016

Frequentemente representamos esta área simplesmente por:

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Definição 1:Integrais impróprias com limite superior infinito

Seja f uma função definida pelo menos no intervalo infinito [a, +∞). Suponha que f seja integrável no intervalo fechado [a, u] para todos os valores de u. Então definimos:

clip_image020

Se o limite existe e tem um valor finito, a integral imprópria diz-se convergente e esse valor é atribuído a ele. Caso contrário, a integral é chamada divergente.

Se f (x) ≥ 0, então a expressão dada em (2) pode ser tomada como a área da região ilimitada representada na figura 3.

Exemplo 1:

clip_image022

clip_image024

Esta integral diverge porque o limite é infinito.

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Exemplo 2:

clip_image028

clip_image030

Essa integral imprópria é convergente porque o limite existe e é finito.

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Exemplo 3:

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Essa integral imprópria é convergente porque o limite existe e é finito.

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Exemplo 4:

clip_image040

clip_image042

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Essa integral imprópria é convergente porque o limite existe e é finito.

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Exemplo 5:

clip_image048

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Essa integral imprópria diverge porque o limite é infinito.

image Exemplo 6:

clip_image054

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O limite não existe e a integral diverge.

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Podemos generalizar os exemplos 1 e 2 de modo que a integral

clip_image060

converge se p> 1 e diverge se p≤ 1. Assim, temos:

clip_image062

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Vejam que, para p> 1 implica que o limite:

clip_image066

Exemplo 7:

clip_image068

Podemos reescrever esta integral como:

clip_image070

Assim, temos que p = 4/3. Fazemos:

clip_image072

Desta forma, a integral imprópria converge porque seu limite é finito.

Exercícios propostos: Verificar se as integrais impróprias são convergentes ou divergentes.

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Referências:

[1] Cálculo V1 – Munem-Foulis – Ed. Guanabara Dois
[2] Cálculo com Geometria Analítica V1 – Simmons – Ed. McGraw-Hill
[3] Cálculo 1 – Luiz Mauro Rocha – Ed. Atlas


Veja mais:

Teste da Integral para Convergência de Séries
Transformada de Laplace e Integrais Impróprias no blog Fatos Matemáticos
A Trombeta de Gabriel no blog Giga Matemática

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